O dólar voltou a ter desempenho misto ante principais pares nesta sexta, 20, o que levou o índice DXY a recuar novamente em sessão espremida entre o feriado desta quinta, 19, nos Estados Unidos e o fim de semana. A sessão transcorreu em meio a negociações para esfriar o conflito entre Israel e Irã. Comentários do diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller também pressionam o dólar. O dirigente defendeu que a autoridade monetária deve considerar um corte de juros na próxima reunião.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,20%, a 98,707 pontos, ante 98,777 pontos na véspera e 98,905 pontos no fim da tarde de quarta-feira. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar subia a 146,12 ienes, o euro se apreciava a US$ 1,1525 e a libra tinha baixa a US$ 1,3456.

Os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido (E3) defenderam nesta sexta-feira que “todas as partes devem se abster de tomar medidas que levem a uma nova escalada na região” após reunião com o homólogo iraniano, Seyed Abbas Araghchi em Genebra.

O dólar tem espaço para se desvalorizar moderadamente ainda mais, já que a incerteza política dos EUA continua sendo um fardo, afirmou Paul Mackel, do HSBC, em nota. “Estamos céticos em acreditar que a situação será mais calma daqui para frente, já que muitas discussões comerciais estão em andamento e os acordos são escassos em detalhes.” Outra fonte de incerteza é a política fiscal americana, particularmente as questões sobre a potencial tributação de investidores globais, afirma. O HSBC espera que o euro suba para US$ 1,20 no quarto trimestre.

Os ganhos do euro hoje eram limitados pela queda inesperada do índice de confiança do consumidor da zona do euro e pelo recuo dos preços ao produtor na Alemanha.

O iene perdeu os ganhos da virada do dia e caiu para uma mínima de três semanas em relação ao dólar hoje, diante da menor demanda por refúgio seguro na moeda japonesa. Na madrugada, a moeda recebeu o suporte de dados mostrando inflação persistente no Japão.