O dólar operou em queda frente às principais moedas fortes nesta terça-feira, 18, sem que dados acima do esperado da economia dos EUA servissem para atenuar a crescente preocupação sobre o crescimento econômico diante do impacto de tarifas. O quadro geopolítico também ficou no radar. O mercado se preparava ainda para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, 19. O iene, por sua, vez operava sem força antes da reunião do Banco do Japão nesta madrugada.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,12%, a 103,244 pontos, com a moeda americana subindo para 149,25 ienes. O euro avançou para US$ 1,0946, enquanto a libra esterlina subiu para US$ 1,3006.

No front geopolítico, o presidente dos EUA, Donald Trump, e presidente russo, Vladimir Putin, concordaram que o movimento para a paz entre a Rússia e Ucrânia começará com um cessar-fogo de energia e infraestrutura.

Em relação ao Fed, Deborah Cunningham, da Federated Hermes, acredita que as taxas de juros devem seguir estáveis nesta reunião e o BC fará um ou dois cortes até o final do ano. O próximo corte deve ocorrer em maio, seguido de um segundo, se necessário, no final do ano. ‘Isso reflete uma inflação persistente e um consumidor resiliente’, afirma a diretora de investimentos para mercados de liquidez global.

Na contramão do dólar, o euro recebeu apoio da aprovação para mais gastos na Alemanha pela Câmara Baixa. A alta inesperada no índice de expectativas econômicas da Alemanha também ajudava a moeda. De acordo com o Swissquote Bank, a expectativa de gastos elevados em defesa na Europa melhora a perspectiva de crescimento do continente, o que deve fortalecer a moeda.

A libra esterlina estendeu os ganhos frente ao dólar americano e, para George Vessey, estrategista da Convera, a capacidade da moeda permanecer com seus ganhos dependerá da economia americana. “As preocupações com o crescimento dos EUA mudaram as expectativas de corte nas taxas de juros do Reino Unido e dos EUA a favor da libra”, escreveu.

O iene rondava a estabilidade ante o dólar em meio à visão de que o BoJ deve manter a taxa básica de juros inalterada.

*Com informações da Dow Jones Newswires