O dólar teve perdas ante pares globais nesta quinta-feira, 11, reagindo a dados econômicos dos Estados Unidos enquanto o mercado calibra expectativas para a política monetária em 2026. Enquanto isso, o franco-suíço se valorizou, após o BC manter os juros inalterados em 0%.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, teve queda de 0,45%, a 98,346 pontos, após atingir a mínima desde 17 de outubro de 98,134. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar caía a 155,54 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1746 e a libra ganhava a US$ 1,3394 – ambas depois de renovar maiores níveis desde o fim de outubro.

A moeda norte-americana aprofundou as perdas de ontem após o corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), somando também o aumento acima do esperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e a queda do déficit comercial em setembro.

Para o Rabobank, mais três cortes devem acontecer em 2026, mas a pressão sobre o dólar deve ser “limitada”, levando em conta que a previsão está próxima do consenso do mercado.

Assim, o Société Générale aponta que a moeda está “nos estágios finais de desvalorização”, afirmando que um crescimento “mais forte” da economia dos Estados Unidos deve acontecer em meados de 2026, o que limita o quanto e quando o Fed deve cortar juros. Apesar disso, o dólar corre riscos de desvalorização caso preocupações com as taxas voltem a aparecer ou a “bolha” no setor de inteligência artificial (IA) estoure, pondera o Rothschild Asset Management.

Também em reação à decisão de política monetária, o dólar caiu a 0,7943 franco-suíços, após o Banco Nacional Suíço (SNB, na sigla em inglês) manter a taxa de juros em 0% ao ano. Para o BNB Paribas, o anúncio vem acompanhado de uma tendência “reforçada” de manter a taxa no mesmo patamar em um futuro próximo, enquanto a Capital Economics vê possível corte a -0,25% em junho.

Entre emergentes, o Congresso mexicano aprovou a elevação de tarifas à produtos chinese e bens de outros países sem acordos de livre-comércio, como forma de incentivar a produção do México. No horário citado acima, o dólar caía a 18,0555 pesos mexicanos.

*Com informações de Dow Jones Newswires