09/05/2025 - 17:15
O dólar recua frente a moedas de países desenvolvidos, diante das expectativas em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, previstas para este fim de semana, ainda que sejam um passo inicial.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,3%, a 100,339 pontos. Por volta das 17h (horário de Brasília), o dólar recuava a 145,35 ienes, enquanto o euro avançava para US$ 1,1253 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3306.
A moeda norte-americana perdeu força após o rali da véspera, impulsionado pelo anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido.
Segundo analistas, a continuidade da valorização do dólar dependerá de novos avanços nas negociações com China e Europa.
“Os desdobramentos comerciais continuam sendo o principal motor do dólar, e a consolidação do momento altista exige fluxo contínuo de notícias positivas sobre acordos”, afirma Francesco Pesole, analista de câmbio do ING.
A atenção do mercado agora se volta para o encontro entre autoridades americanas e chinesas, marcado para este sábado na Suíça. Em sua rede social, o presidente Donald Trump sugeriu que uma tarifa de 80% sobre a China “parece adequada”, sinalizando uma redução em relação aos atuais 145%. Pequim, no entanto, reafirmou sua oposição às chamadas “tarifas de reciprocidade”, enquanto a Casa Branca descartou cortes unilaterais nas tarifas.
Para Pesole, a libra tende a se fortalecer frente ao euro, impulsionada pela melhora nas perspectivas comerciais do Reino Unido, após os acordos com EUA e Índia. A possibilidade de avanços nas negociações com a União Europeia também dá suporte à moeda britânica.
Já o dólar canadense mostrava certa estabilidade, após a divulgação do relatório de empregos. Segundo Michael Davenport, economista da Oxford Economics, os dados de abril sugerem que o Canadá já entrou em recessão, com a taxa de desemprego podendo atingir 7,4% ainda este ano. No mês passado, a taxa de desemprego subiu 0,2 ponto percentual, para 6,9%. A expectativa era de que a taxa de desemprego subisse para 6,8%.
*Com informações da Dow Jones Newswires