26/06/2025 - 17:32
O dólar prolongava a queda ante a maioria das principais moedas no exterior, após notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria avaliando acelerar o anúncio de sua escolha para suceder o comandante do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, diante da sua frustração com a lentidão no corte de juros. Dados fracos nos EUA e ambiente propício ao risco na esteira do cessar-fogo entre Israel e Irã ajudaram a tirar demanda para a moeda norte-americana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,54%, a 97,147 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar cedia a 144,34 ienes, o euro se apreciava a US$ 1,1713 e a libra tinha alta a US$ 1,3734.
Na noite de ontem, reportagem do The Wall Street Journal informou que a exasperação de Trump em relação à abordagem cautelosa do Fed para reduzir as taxas de juros o estava levando a considerar acelerar o anúncio da troca de Powell. De acordo com o Swissquote Bank, um novo presidente do Fed provavelmente estaria mais disposto a cortar os juros.
A revisão em baixa do PIB do primeiro trimestre nos EUA ajudou a reforçar os argumentos de desaceleração da economia americana diante das políticas de Trump. Outro dado mostrou aumento maior do que o esperado do déficit comercial em maio, o que pode pesar nos dados do PIB do segundo trimestre.
Para a Oxford Economics, a revisão do PIB não terão implicações significativas para o Fed, visto que ele é retrospectivo. “O Fed está focado nos riscos de inflação decorrentes de tarifas e do mercado de trabalho”, citou a consultoria em relatório. Divulgado pela manhã, os pedidos iniciais de seguro-desemprego permaneceram baixos, mas o aumento nos pedidos contínuos foi visto como preocupante pela Oxford.
O dólar ignorou o apoio vindo de comentários do presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, que reiterou que o Fed seguirá paciente.
Nas trocas com o peso mexicano, o dólar cedeu ante o patamar das 16h50 de ontem, após ter reação instável à decisão do Banco Central do México (Banxico) de voltar a cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 8%, como era esperado pelos analistas.
*Com informações da Dow Jones Newswires