10/03/2025 - 17:43
O dólar operou de lado a maior parte desta sessão e chegou ao fim desta tarde perto da estabilidade ante outras moedas fortes, com os investidores ponderando os efeitos da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, que alimentaram uma nova rodada de temor de recessão no país. A euforia inicial com as promessas de cortes de impostos e desregulamentação deu lugar a preocupações com a inflação alta e baixo crescimento.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, subia 0,15%, aos 103,997 pontos neste fim de tarde. A moeda americana caía a 147,41 ienes, o euro baixava a US$ 1,0827, e a libra esterlina recuava a US$ 1,2874.
A recente fraqueza do dólar tem sido um tanto surpreendente para o mercado, afirma Tim Baker, estrategista do Deutsche Bank. Segundo ele, isso pode estar relacionado ao risco de investidores reequilibrarem seus portfólios para fora dos EUA, algo que não faziam há anos. Além disso, a desvalorização da moeda também é impulsionada por outros fatores, como preocupações com o crescimento dos EUA e quedas nos rendimentos dos Treasuries de 10 anos.
Para os especialistas da TD Securities, o dólar deve se recuperar no segundo trimestre, pois, segundo eles, as preocupações com o enfraquecimento do crescimento econômico dos EUA são “exageradas”. Os dados de inflação do país nesta semana serão fundamentais para o desempenho da moeda, após o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmar que o banco central não está com pressa para cortar as taxas de juros, afirmam.
O euro se consolida após o rali da semana passada contra o dólar, enquanto os mercados acompanham notícias sobre a política fiscal da Alemanha e as negociações de paz na Ucrânia. O dólar canadense recuava, diante da expectativa de que o país seja “desproporcionalmente afetado” pelas tarifas devido aos seus altos volumes de exportação para os EUA. O novo líder do Partido Liberal do Canadá e primeiro-ministro do país, Mark Carney, afirmou que Donald Trump está tentando enfraquecer a economia canadense.
*Com informações da Dow Jones Newswires