O dólar não teve sinal único nesta quarta, 24, diante de outras moedas principais. As moedas reagiram a indicadores na Europa e nos Estados Unidos, enquanto o iene esteve em foco, com máximas desde maio em quadro de expectativa pela decisão do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) na próxima semana. O dólar do Canadá, por sua vez, caiu em dia de corte nos juros pelo banco central local.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 153,96 ienes, o euro recuava a US$ 1,0843 e a libra tinha alta a US$ 1,2908. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,06%, a 104,391 pontos.

O índice DXY exibia alta modesta pela manhã, mas já em baixa frente ao iene, após indicadores publicados na Europa. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu de 50,9 em junho a 50,1 em julho, na mínima em cinco meses e bem perto da marca de 50,0, que separa expansão da contração nessa pesquisa. Na avaliação da Oxford Economics, os números do PMI sugerem que a recuperação perdeu força na zona do euro, enquanto o ING via os dados como uma ameaça às projeções do Banco Central Europeu (BCE).

Já no Reino Unido, o PMI composto subiu a 52,7 em julho, acima da previsão de 52,2. Nesse quadro, a libra oscilou perto da estabilidade frente ao dólar. Na avaliação da Capital Economics, ainda há espaço para a moeda britânica enfraquecer mais neste ano, com a perspectiva de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) relaxe mais sua política monetária do que o projetado pela maioria no mercado.

O iene, por sua vez, esteve apoiado, com máximas desde maio. Segundo o Commerzbank, mais analistas têm passado a apontar como possível uma elevação de juros pelo BoJ já na reunião da próxima semana, não apenas em setembro. Havia ainda rumores de intervenção no câmbio pelo BoJ, enquanto a Reuters reportava que o banco central avaliará alta nos juros na próxima semana e detalhará um plano para reduzir pela metade suas compras de bônus nos próximos anos.

O dólar ainda avançava a 1,3814 dólar canadense. A moeda do Canadá esteve pressionada após o BC local cortar sua taxa básica em 25 pontos-base, como esperado, a 4,50%. A redução foi a segunda consecutiva. O Bank of America vê o BC canadense cada vez mais preocupado com riscos d baixa à economia, o que deve levar a mais uma redução do mesmo nível em setembro, na avaliação do BofA.