13/01/2025 - 18:08
O dólar operou em alta nesta segunda-feira, 13, ante a maioria dos pares, com as perspectivas para a postura do Federal Reserve (Fed) novamente impulsionando a moeda. O euro renovou seu menor nível desde novembro de 2022, enquanto a libra teve seu valor mais baixo desde novembro de 2023. As leituras de dados mostrando força na economia americana vem sugerindo uma postura mais restritiva na política monetária americana, aumentam as apostas de que o banco central americano sequer realize cortes de taxas em 2025.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 157,63 ienes, o euro caía a US$ 1,0219 e a libra cedia a US$ 1,2177. O índice DXY fechou em alta de 0,28%, a 109,956 pontos.
A chance de os juros do Fed terminarem o ano no nível atual cresce para mais próximo do ainda predominante cenário de corte de apenas 25 pontos-base no período, mostra a plataforma do CME Group que monitora o comportamento da curva futura. A ferramenta indicava 34,2% de probabilidade de a taxa básica estar na faixa entre 4,25% e 4,50% em dezembro, comparado com 30,5% na última sexta-feira. Já a hipótese de uma redução de 0,25 ponto porcentual no acumulado de 2025 aparecia com 40,4%, praticamente sem alteração ante o quadro do final da semana passada.
O ING lembra que a caminho da tomada de posse de Donald Trump, no dia 20 de Janeiro, a taxa de câmbio do dólar ajustada à inflação está no nível mais elevado desde 1985. “Dado o conjunto de políticas de tarifas, controles de imigração, estímulo fiscal e flexibilização regulamentar de Trump – além de uma economia forte dos EUA – nenhum investidor quer apostar contra o dólar forte”, valia. Com a continuidade da força da moeda provavelmente mais bancos centrais serão forçados a intervir para apoiar as suas moedas, projeta.
O ING aponta que a relação entre o dólar e o iene está agora firmemente na zona de intervenção cambial da região de um dólar a 158-160 ienes. “O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês vendeu US$ 35 bilhões neste nível em julho passado e os rumores são de que as autoridades estão novamente prontas para intervir. O forte aumento do dólar tem impulsionado o forte aumento dos rendimentos do Treasuries. Nossa equipa espera que os rendimentos dos EUA se mantenham firmes durante todo o ano – daí o nosso apelo de final de ano de um dólar a 160 ienes”, aponta. “Dentro deste ambiente suportado, veremos correções, no entanto. Estas estarão relacionadas com a intervenção e com os aumentos das taxas do BoJ. Esperamos três subidas de 25 pontos base este ano – a primeira potencialmente em 24 de janeiro”, projeta o ING.