29/01/2025 - 18:04
O dólar operou em leve alta hoje, em dia marcado por decisões de bancos centrais, com destaque para a manutenção por unanimidade de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A votação era esperada, mas os mercados reagiram com um fortalecimento da moeda americana por conta de mudanças no comunicado da autoridade. Por sua vez, o movimento perdeu forças com a coletiva do presidente da autoridade, Jerome Powell. O dia contou ainda com decisão de juros do Banco do Canadá e a expectativa pelo final da reunião do Banco Central Europeu (BCE) amanhã, quando é esperado um corte de taxas pela autoridade.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis principais moedas, fechou em alta de 0,12%, a 108,000 pontos. O dólar era cotado em queda a 155,36 ienes. A libra esterlina recuou a US$ 1,2440. O euro cedeu a US$ 1,0409. O dólar americano subiu a 1,4431 dólar canadense.
O CIBC aponta que não há surpresas hoje com a taxa dos Fed funds inalterada, mas lembra que houve alterações modestas na declaração com a decisão, com um tom mais otimista em relação ao mercado de trabalho e eliminando a referência ao progresso da inflação.
O banco reforça que a autoridade manteve a linha mais importante de que “a inflação permanece um pouco elevada”. “A mudança de linguagem é consistente com a decisão do Fed hoje. Desde a reunião de dezembro, a evolução da inflação tem sido um pouco melhor, enquanto a economia e o mercado de trabalho parecem mais firmes”, avalia.
Logo depois, Powell afirmou que a inflação caminhou mais próximo à meta de 2% ao ano, mas segue elevada, enquanto as condições do mercado de trabalho esfriaram de seu estado anteriormente superaquecido e seguem sólidas. “A inflação diminuiu significativamente nos últimos dois anos, mas continua um pouco elevada em relação às nossas estimativas de meta de longo prazo de 2%”, disse.
O Banco do Canadá reduziu a taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 3,0% ao ano, segundo comunicado divulgado hoje. O corte da taxa está em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam a redução a 3,0%.
Sobre o euro, o ING acredita que a confirmação de que o Tesouro dos EUA está elaborando ativamente um plano para a implementação de tarifas deverá impedir uma maior valorização da moeda ante o dólar. O banco não esperamos que a relação dos ativos seja negociado muito longe do ponto atual até o final da semana. “Na verdade, acreditamos que os riscos estão direcionados para um movimento abaixo de US$ 1,040, em vez de um retorno acima de US$ 1,050”, conclui.