O dólar operou perto da estabilidade antes pares globais nesta terça-feira, 18, enquanto o mercado reavalia as apostas para a política monetária do Federal Reserve (Fed) e acompanha a retomada da divulgação de indicadores econômicos nos EUA, após semanas de paralisação.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,01%, a 99.583 pontos. Por volta das 18h13 (de Brasília), o dólar subia a 155,524 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,158 e a libra perdia a US$ 1,314. Já o peso colombiano recuava a US$ 3.721,60, enquanto o peso chileno avançava a US$ 932,40.

“As oscilações são muito marginais, parece que o mundo todo está em compasso de espera”, disse o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Ele destacou que, além do payroll desta quinta-feira, investidores aguardam um possível anúncio do presidente Donald Trump sobre o sucessor de Jerome Powell no comando do Fed.

Para o analista sênior do Danske Bank, Jesper Fjarstedt, a volta dos dados represados deve elevar a volatilidade no curto prazo. Segundo ele, múltiplos relatórios de emprego antes da reunião de dezembro podem gerar movimentos bruscos no câmbio.

Entre os números divulgados nesta terça, os pedidos contínuos de auxílio desemprego dos EUA subiram para 1,957 milhão na semana encerrada em 18 de outubro – o maior nível desde o início de agosto. O avanço também marca um salto em relação aos 1,916 milhão registrados em 13 de setembro, último dado antes do shutdown. Na Colômbia, o PIB do 3º trimestre registrou crescimento anual de 3,6%, acima das expectativas. Já no Chile, a economia avançou 1,6%, na mesma base de comparação.

O mercado, porém, mantém o foco no payroll de outubro, previsto para quinta-feira (20). Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 48,9% de chance de manutenção dos juros entre 3,75% e 4% ao ano e 51,1% de probabilidade de corte de 0,25 ponto porcentual.

*Com informações de Dow Jones Newswires.