O dólar operou sem sinal único nesta segunda-feira ante rivais, com o começo de uma semana que conta com a última grande decisão de política monetária do ano. O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deverá manter juros em sua reunião, no entanto, o mercado aguarda sinais da postura da autoridade, que segue com taxas negativas, ao longo de 2024. Enquanto isso, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) contiveram ânimos com o relaxamento monetário em suas declarações, o que acabou pressionando as moedas de emergentes.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana antes seis rivais fortes, fechou em alta de 0,01%, a 102,561 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro avançava a US$ 1,0918 e a libra tinha baixa a US$ 1,2646. O dólar subia a 142,94 ienes.

O mercado mantém a expectativa de que o Fed corte juros agressivamente a partir de março, apesar dos renovados esforços de dirigentes da instituição para conter o ânimo de investidores por relaxamento monetário. A conclusão reflete análise da plataforma do CME Group de monitoramento da curva futura. Durante a tarde, a ferramenta apontava 70,6% de chance de a taxa básica estar abaixo do nível atual (entre 5,25% e 5,50%) em março do ano que vem, ligeiramente acima da probabilidade de 69,5% indicada na última sexta-feira.

Para o Rabobank, o baixo crescimento na China, a estagnação na Alemanha e o abrandamento do crescimento nos EUA representam obstáculos para as perspectivas econômicas japonesas e sugerem que, tal como outros bancos centrais, as decisões políticas do BoJ no próximo ano dependerão dos dados. Dito isto, com as probabilidades atualmente a favor de uma maior normalização da política no próximo ano e dados os riscos de corte de taxas para outros BCs, o iene parece preparado para ter um ano melhor em 2024, avalia, revisando em baixa sua previsão para o dólar na comparação com o ativo japonês em 12 meses, de 140 para 135 ienes.

Já o euro para o ING tem uma oportunidade de terminar o ano acima de US$ 1,10, o que parecia bastante improvável há apenas algumas semanas, quando o dólar estava se fortalecendo e as apostas de redução das taxas do Banco Central Europeu (BCE) aumentavam rapidamente. “Apesar das narrativas divergentes que emergiram das reuniões do BCE e do Fed na semana passada, provavelmente favorecendo mais tentativas de resistência chave de US$ 1,10 no Natal, uma quebra mais alta está longe de ser garantida”, projeta.