08/08/2025 - 17:32
O dólar voltou a operar sem sinal único nesta sexta-feira, 8, com ganho relevante ante o iene, mas movimentos limitados ante a libra e o euro. A moeda americana, contudo, se recuperou das mínimas da manhã, diluindo parte da reação à nomeação pelo republicano de Stephen Miran, para o cargo de diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no lugar de Adriana Kugler. O avanço das taxas dos Treasuries limitou a perda do dólar diante da expectativa sobre o dado de inflação ao consumidor nos EUA, com divulgação na próxima semana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,22%, a 98,18 pontos, após mínima de 97,959 pontos mais cedo. Por volta das 16h50 (de Brasília), o euro se depreciava a US$ 1,1643 e a libra subia a US$ 1,3448. A moeda americana tinha alta ante a moeda japonesa, cotada a 147,75 ienes.
Para o Goldman Sachs, diferenciais de taxas e outras variáveis cíclicas explicaram menos as oscilações do dólar este ano do que normalmente ocorre, conforme medido por um modelo econométrico do banco. “Acreditamos que a explicação mais clara para esse resultado seja a mudança nos padrões dos fluxos globais de capital transfronteiriços e nos fluxos de hedge cambial, que respaldaram um dólar mais fraco muito além do que seria implícito pelos fundamentos cíclicos”, pontuam analistas do banco. O Goldman avalia que as recentes oscilações do hedge cambial deste ano ainda têm um longo caminho, embora em um ritmo mais lento.
O euro seguia sem força hoje, ainda que a perda seja limitadas pela esperança de um fim para a guerra da Rússia na Ucrânia, já que os presidentes dos EUA, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, devem se reunir nos próximos dias para discutir o fim do conflito.
O peso mexicano se recuperou da queda da véspera, quando foi pressionado pela decisão do banco central do México (Banxico) de cortar a taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 7,75% ao ano.