O dólar operou sem sinal único ante rivais nesta sexta, 31, em uma sessão marcada pela divulgação de dados de inflação em importantes economias. O euro ganhou força após a publicação do avanço no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), o que impulsionou as perspectivas de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá ser mais cauteloso nas futuras reuniões. Já o índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos veio em linha com o esperado.

O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, encerrou em baixa de 0,04%, a 104,671 pontos. Por volta das 17h (de Brasília), o dólar subia a 157,31 ienes, o euro avançava a US$ 1,0850, e a libra tinha alta a US$ 1,2745.

A inflação ao consumidor da zona do euro subiu 2,6% em abril, na comparação anual, na preliminar de maio, quando analistas esperavam ganho de 2,5%. Para a Oxford Economics, ainda assim o corte de juros de 25 pontos-base na próxima semana é algo certo, com incerteza sobre os próximos passos do BCE.

Para o dirigente do BCE, não foi um desvio significativo, e ainda deverá permitir o banco começar a cortar as taxas. “Temos hoje alguma confiança de que a inflação está convergindo para os 2% e isso vai permitir-nos alterar o ciclo da política monetária, permitindo-nos transmitir mais confiança à economia”, disse.

As apostas em um relaxamento monetário mais veloz nos Estados Unidos em 2024 cresceram marginalmente, após o núcleo do PCE do país subir menos que o esperado na variação mensal de abril, e todas as demais leituras do indicador de inflação avançarem em linha com o esperado. Oscilante nas últimas semanas, a aposta em um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) até setembro voltou a ultrapassar 50% como estava ontem. Mas o movimento é leve e deixa a perspectiva para esse mês ainda incerta. A probabilidade de o Fed baixar taxas até setembro subiu para 50,4% depois dos dados, contra 48,7% antes dos indicadores.