01/10/2025 - 17:27
O dólar operou de lado ante seus principais pares nesta quarta-feira, 1º de outubro, em meio à paralisação do governo norte-americano e o relatório ADP revelar fraqueza no mercado de trabalho do setor privado dos EUA.
Neste fim de tarde, o dólar caia a 147,09 ienes, enquanto o euro cedia a US$ 1,1736 e a libra avançava a US$ 1,3483. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,07%, a 97,706 pontos.
Entre emergentes, a moeda norte-americana continuava a apresentar alta em relação ao peso argentino, em meio à tensão cambial que dissemina rumores pelas redes sociais. Ontem à noite, o Banco Central da Argentina precisou refutar boatos de que havia implementado novas restrições à compra da moeda norte-americana, diante de especulações sobre a volta do cepo cambial.
O dólar corre o risco de ampliar as perdas deste ano se o fechamento do governo dos EUA se prolongar e o presidente americano, Donald Trump, cumprir sua ameaça de demissões em massa de trabalhadores federais, diz Derek Halpenny, do MUFG. Isso ocorre porque o mercado provavelmente precificaria uma maior perspectiva de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cortar ainda mais as taxas de juros em outubro e dezembro, acrescenta.
Paralelamente, o relatório ADP informou hoje que empregadores privados cortaram 32.000 empregos em setembro, fortalecendo também a ideia de cortes mais agressivos de juros pelo BC americano, pontua o analista da XMArabia, Nadir Belbarka.
Além de receber um impulso após o anúncio do pacote fiscal alemão e uma apreciação depois que Trump anunciou tarifas abrangentes em abril, o euro se moveu amplamente de lado este ano, relembra o Commerzbank.
Para o banco alemão, isso é compreensível, pois nada mudou muito na União Europeia, embora seus tomadores de decisão continuem a discutir o papel futuro do euro como uma moeda global.
*Com informações do Dow Jones Newswires