O dólar tinha leve baixa no fim da tarde desta segunda-feira, 22, após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no domingo, de se retirar da corrida presidencial e apoiar a vice-presidente, Kamala Harris, como candidata do Partido Democrata. A reação da moeda foi moderada na medida em que os investidores vão querer ver o impacto que a decisão terá em novas pesquisas, segundo analistas. A expectativa de alívio monetário pelo Federal Reserve (Fed) também segue limitando a atratividade do dólar. A moeda americana voltou a ter perda mais acentuada ante o iene, enquanto as divisas europeias rondavam a estabilidade.

O índice DXY, que mede a variação da moeda ante principais pares, fechou em baixa de 0,08%, a 104,314 pontos.

“O índice dólar DXY ainda está acima de 104 e a sua volatilidade implícita, uma medida das oscilações de preços esperadas, aumentou apenas ligeiramente”, escreveram analistas do Unicredit em nota. “Na verdade, o dólar continua penalizado, atualmente, pela continuação da aposta na intensa flexibilização por parte do Federal Reserve no restante de 2024”, segundo os analistas.

“O iene japonês poderá prolongar a sua recente recuperação em relação ao dólar se a inflação subjacente do Japão aumentar e a possibilidade de outra presidência de Donald Trump diminuir ainda mais depois de Joe Biden se retirar da corrida eleitoral presidencial dos EUA”, escreveram analistas da Oanda. Neste fim de tarde, o dólar caía a 157,11 ienes.

O euro e a libra tiveram variações limitadas. “O euro poderá cair se os dados europeus da semana apoiarem os cortes nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, mas quaisquer quedas serão modestas, afirmou o ING. Os levantamentos de sentimento empresarial na quarta e quinta-feira podem ajudar a moldar a narrativa de que a política do BCE é demasiado restritiva e provocar uma “pequena desvantagem” para o euro, segundo o analista do ING, Chris Turners. No entanto, a volatilidade negociada no euro em relação ao dólar permanece “excepcionalmente baixa”, observou. O euro subia a US$ 1,0889 e a libra avançava a US$ 1,2925.