O dólar operou em alta nesta quinta-feira, 30, ante moedas fortes, ainda sustentado pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, após o anúncio de flexibilização monetária ontem. Enquanto isso, os bancos centrais do Japão e da Europa mantiveram juros, como esperado, e Pequim e Washington chegaram a um acordo comercial.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,30%, a 99,526 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar subia a 154,05 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,1569 e a libra caiu a US$ 1,3144.

Para analistas do MUFG, a recuperação do dólar após os comentários de Powell não deve durar. Já o TD Securities acredita que a moeda norte-americana pode manter os ganhos por mais algum tempo, levando em conta “a ausência de dados econômicos dos EUA, o ajuste contínuo de posições e ao aumento do foco do mercado em problemas fiscais e eleitorais em outros países”. Hoje, a paralisação do governo, que mantém dados americanos suspensos, chegou ao 30º dia, sem perspectiva de resolução em breve.

Já o iene atingiu o menor nível em pouco mais de oito meses ante o dólar, pressionado pela decisão do Banco do Japão (BoJ, em inglês) de deixar os juros inalterados, além da postura cautelosa do presidente Kazuo Ueda. Para analistas do Brown Brothers Harriman (BBH), o BoJ não aparenta estar com pressa para retomar a normalização das taxas, o que também prejudica a moeda japonesa.

Na Europa, a moeda comum se recuperou ligeiramente após o Banco Central Europeu (BCE) também manter os juros e a presidente Christine Lagarde reforçar que ainda existem riscos para a inflação, mas permaneceu em queda contra o dólar.

Investidores também acompanharam a “trégua” comercial entre os Estados Unidos e a China, que resultou na diminuição das tarifas contra Pequim. O dólar avançava a 7,1097 yuans onshore e a 7,1111 yuans offshore, na marcação.

*Com informações de Dow Jones Newswires