O dólar opera em alta ante as principais moedas pares nesta sexta-feira, 21, após uma semana marcada por decisões de juros em vários países, incluindo EUA, China, Rússia, Japão, Reino Unido e Brasil.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, subiu 0,23%, a 104,088 pontos. O dólar se apreciava a 149,29 ienes, enquanto o euro cedia a US$ 1,0821, e a libra se desvalorizava para US$ 1,2922.

O mercado segue cauteloso e o próximo marco que chamará a atenção dos investidores será a tarifa recíproca, programada para ser aplicada pelos Estados Unidos em 2 de abril, segundo o analista de mercado da Stonex, Leonel Mattos. “O dólar deve continuar bem apoiado antes desse evento”.

As dúvidas sobre as implicações das tarifas no cenário prospectivo de inflação segue presente no tom dos discursos de membros do Federal Reserve. Nesta sexta-feira, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que, diante muita incerteza, o ideal é esperar as “coisas se esclarecerem”. Já o presidente do Fed de Nova York, John Williams, destacou que a incerteza é o principal desafio para a política monetária atualmente.

Durante a sessão, o rublo russo se valorizou em relação ao dólar após o Banco Central da Rússia ter mantido as taxas de juros em 21,00%, como esperado.

O euro pode cair em relação ao dólar no próximo ano, à medida que os temores de recessão nos EUA parecem exagerados e os benefícios do estímulo fiscal europeu demorarão “pelo menos um ano” para se materializar, segundo Mohamad Al-Saraf, analista do Danske Bank. A instituição espera que a moeda europeia caia para US$ 1,06 em 12 meses.

As tensões geopolíticas continuam no radar dos investidores, com Rússia e Ucrânia trocando acusações sobre um ataque na cidade de Sudzha, no Oblast de Kursk, e o aumento das hostilidades no Oriente Médio.

*Com informações da Dow Jones Newswires