O dólar operou em alta nesta terça-feira, 7, em comparação com outras moedas fortes, com novas baixas do euro e do iene, enquanto investidores acompanham o sétimo dia do shutdown dos EUA e declarações de dirigentes do Fed.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,47%, a 98,578 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar subia a 151,96 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,1651 e a libra avançava a US$ 1,3419.

Sem dados nos EUA em meio à paralisação do governo, investidores do câmbio absorveram comentários de membros do Fed. O presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, por exemplo, defendeu que a política monetária não deve ser influenciada poir fatores de curto prazo.

O euro estendeu as perdas, na véspera do prazo para as “negociações finais” do primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, que anunciou renúncia ontem. Para a Capital Economics, é mais provável que a moeda continue caindo nos próximos trimestres, conforme o Banco Central Europeu (BCE) corta mais do juros do que o esperado. A presidente do BCE, Christine Lagarde, voltou a defender o fortalecimento da moeda a nível global.

A crise política francesa se agrava, com o presidente Emmanuel Macron sendo alvo de pedidos de impeachment. Para o Macquarie Group, o impulso negativo no euro não deve diminuir caso a França tenha novas eleições legislativas ou uma votação para presidente: “uma eleição poderia dar mais poder para os extremos populistas … e dificultar a consolidação do déficit”

A vitória de Sanae Takaichi como presidente do partido governante do Japão, o Liberal Democrata (PLD), deixando-a próxima de ser eleita primeira-ministra, continua pesando sobre o iene. Para o Convera, a vitória “inesperada” impulsionou expectativas por um estímulo fiscal contínuo e um aumento nas taxas pelo banco central do país.

*Com informações de Dow Jones Newswires