O dólar oscilou perto da estabilidade, sem impulso, à espera de notícias mais importantes no restante da semana. A moeda ficou sob pressão após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), mas depois reduziu perdas, à espera de sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), enquanto o euro também não mostrou direção clara, às vésperas da decisão do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira.

Por volta das 18h (de Brasília), o dólar caía a 149,92 ienes, o euro cedia a US$ 1,0858 e a libra subia a US$ 1,2706. O índice DXY, que mede a força da moeda americana ante seis rivais, fechou com queda de 0,03%, aos 103,798 pontos.

Pela manhã, o dólar ficou sob pressão após o PMI de serviços dos EUA recuar de 53,4 em janeiro a 52,6 em fevereiro, na leitura final do ISM, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 52,8. Já o PMI de serviços do país medido pela S&P Global recuou de 52,5 em janeiro a 52,3 em fevereiro, ante previsão de 51,3, e neste caso o PMI composto avançou, de 52,0 em janeiro a 52,5 na leitura final de fevereiro.

Na avaliação da Capital Economics, o dado do ISM mostrou que não há sinais de pressões inflacionárias ascendentes nos EUA. A consultoria acredita que o indicador é consistente com uma estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) americano no primeiro trimestre.

No caso do euro, a divisa oscilou sem impulso. Investidores desejam sinais do BCE sobre quando poderia ocorrer corte nos juros. O Julius Baer, porém, diz que “não espera qualquer diretriz clara” da presidente do BC, Christine Lagarde, sobre o momento de reduzir os juros na zona do euro. Mas o Julius Baer ainda espera que as projeções atualizadas mostram números mais baixos para a inflação e o crescimento, “indicando alguma propensão para reduzir juros nas próximas reuniões”.

Na opinião do Goldman Sachs, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o BCE, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e o Banco Central do Canadá devem todos cortar juros em junho. Há menos clareza, contudo, sobre o ritmo dessas reduções, pondera o banco, com dirigentes relutantes em dar muitas diretrizes antecipadas. O Goldman vê como mais provável um ritmo mais forte de cortes na Europa e menos intenso nos EUA.