07/06/2013 - 6:19
O edifício General Motors, localizado em uma das regiões mais valorizadas de Nova York, atrai adultos e crianças. Os mais velhos vão visitar a loja de brinquedos FAO Schwartz, os mais jovens escolherão a loja da Apple, no mesmo endereço. Não importa o destino, uns e outros vão colocar algum dinheiro a mais nos bolsos do banqueiro libanês naturalizado brasileiro Moise Safra e de sua mais recente sócia, a empreendedora imobiliária chinesa Zhang Xin.
Edifício General Motors: 13,9 mil metros quadrados por US$ 3,4 bilhões
No último dia de maio, ambos anunciaram a aquisição de 40% do imóvel, localizado no número 767 da Quinta Avenida, entre as ruas 58 e 59. O edifício de 50 andares e 215 metros de altura, com 13,9 mil metros quadrados de área locável, é um ícone do mercado imobiliário nova-iorquino. Eles pagaram US$ 700 milhões em dinheiro e assumiram uma cifra parecida em dívidas. A participação adquirida por Safra e Zhang pertencia a investidores de Dubai, que possuíam parte do prédio por meio de um fundo imobiliário gerido pelo banco Goldman, Sachs. Os 60% remanescentes permanecem com a empresa imobiliária Boston Properties.
Moise Safra: aquisição de um dos imóveis mais valorizados de Nova York
Segundo o CBRE Group, que intermediou a transação, a venda permite avaliar em US$ 3,4 bilhões o prédio inaugurado em 1968, transformando-o na propriedade urbana mais valiosa dos Estados Unidos. O endereço é ocupado por inquilinos como a empresa de cosméticos Estée Lauder, algumas dezenas de gestores de fundos de hedge e escritórios de advocacia. Ao fechar o negócio, Safra associou-se a um dos mais agressivos compradores chineses de imóveis a atuar no mercado americano.
Zhang Xin: agressividade ao investir nos Estados Unidos
Zhang e seu marido Pan Shihy controlam o Soho China, uma das maiores incorporadoras de Pequim, listada na bolsa de Hong Kong e com ativos de US$ 9,5 bilhões. O investimento no edifício GM, porém, foi realizado com dinheiro da família. A transação indica um reaquecimento do mercado imobiliário americano. No mesmo dia, o grupo Carlyle vendeu um edifício vizinho na avenida Madison de 55,7 mil metros quadrados por US$ 1,3 bilhão. Procurado, Moise Safra não concedeu entrevista.