CHISINAU (Reuters) – A Moldávia proibiu a presença de torcedores em uma partida de futebol contra um time sérvio, informaram autoridades nesta terça-feira, um dia após a presidente do país dizer que sabotadores da Sérvia poderiam fazer parte de um suposto plano de golpe de Estado do Kremlin.

A Federação Moldava de Futebol disse que foi “informada pelas autoridades da República da Moldávia sobre a impossibilidade” de permitir a presença de torcedores em um jogo em 16 de fevereiro, em Chisinau, entre o FC Sheriff, de Tiraspol, e o FK Partizan, de Belgrado.

A federação disse que permitiria que os torcedores recebessem reembolsos, mas não deu uma explicação para a medida. “Pedimos desculpas aos torcedores de futebol pelo inconveniente causado”, disse a federação em comunicado.

A presidente Maia Sandu acusou a Rússia na segunda-feira de planejar um golpe de Estado para derrubar o governo moldavo com a ajuda de cidadãos de Montenegro, Belarus e Sérvia. Ela disse que Moscou tinha como objetivo inviabilizar a tentativa da Moldávia de ingressar na União Europeia e usar sua localização estratégica na fronteira com a Ucrânia na guerra.

O primeiro-ministro de Montenegro, Dritan Abazovic, disse nesta terça-feira não saber de nada sobre o possível envolvimento de cidadãos do país em uma tentativa de golpe e tentaria entrar em contato com Chisinau para obter mais detalhes.

A polícia de fronteira da Moldávia disse na segunda-feira que 12 sérvios foram impedidos de entrar no país, embora nenhum tenha sido detido.

(Reportagem de Alexander Tanas em Chisinau e Aleksandar Vasovic em Belgrado)

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