O apresentador Bruno Aiub, conhecido como “Monark”, postou na tarde desta terça-feira (8) um vídeo de desculpas por defender a criação de um partido nazista no Brasil. As declarações foram dadas no “Flow Podcast”, com a participação dos deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

No vídeo, Aiub afirma que estava “bêbado” durante a apresentação do programa, perde desculpas e diz que teria sido “insensível” ao defender uma ideia comum nos Estados Unidos. As declarações geraram reações de indignação nas redes sociais e dos patrocinadores do programa.

+ Confederação Israelita repudia comparação com nazismo feita por Mario Frias

Instagram will load in the frontend.

“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha de ter partido nazista reconhecido pela lei”, afirmou Monark, que ainda defendeu o “direito” de ser antissemita: “Se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser”.

A Flash, cujos donos são de famílias de origem judaica, divulgou que encerrou o contrato com os Estúdios Flow de imediato e que “não há sociedade livre quando há intolerância ou busca de legitimação de discursos odiosos”.

Instagram will load in the frontend.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) também anunciou o rompimento de contrato com o Flow – ambos tinham uma parceria de transmissão do Campeonato Carioca.

Já a Puma fez questão de ressaltar que repudia as declarações e já havia pedido para retirar seu logo como patrocinador do programa.

Monark também tinha uma entrevista marcada com ex-jogador Zico – seu filho, Junior Coimbra, disse que o ex-craque do Flamengo desistiu da participação.

O iFood declarou que “não mantém mais relação comercial com o Flow”.

A Mondeléz Brasil também reforçou que “patrocinou pontualmente apenas dois episódios”.

Vale lembrar que a legislação brasileira prevê que a veiculação de símbolos, ornamentos, emblemas, distintivos ou propaganda relacionados ao nazismo é crime inafiançável e imprescritível.