09/11/2022 - 17:38
O canal do youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, foi suspenso na noite desta terça-feira, 8. Ele foi informado sobre a retenção enquanto fazia uma live com o ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, e se desentendeu com o ex-parlamentar a respeito das remoções de conteúdo nas redes sociais, chegando a chamá-lo de “ditador”.
Durante a transmissão, Monark afirmou que a suspensão se deu porque, dias atrás, ele compartilhou uma live argentina contendo alegações infundadas de fraude no sistema eleitoral brasileiro. “É crime, agora, aparentemente?”, questionou, ao que Arthur do Val respondeu: “Sim”.
“Você concorda com isso? Então você é um ditador”, rebateu Monark. O ex-deputado e integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), então, argumentou que lançar dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação incita a população a ir às ruas com pedidos antidemocráticos. Na semana passada, bolsonaristas pediram “intervenção federal” para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A live do argentino é basicamente um atentado contra a nossa democracia. Ele está mentindo sobre o nosso processo eleitoral, e você não pode fazer isso quando você tem pessoas nas ruas quebrando e querendo matar por causa disso”, afirmou Arthur do Val.
“É um direito de qualquer ser humano republicar uma notícia e dar sua opinião”, opinou o youtuber. Em seguida, ele foi ao Twitter criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, a quem atribuiu a suspensão de sua conta. “Quantos dias até a policia vir na minha casa? Alexandre de Moraes age como um ditador”, publicou.
A remoção do canal ocorreu em obediência a uma decisão judicial; após divulgar a motivação, Monark fez nova crítica ao Judiciário e ao que chamou de censura.
Em fevereiro deste ano, Monark se envolveu em polêmica após afirmar que defender o nazismo deveria ser um direito amparado pela liberdade de expressão. Ele foi demitido do Flow Podcast por esse motivo. Já Arthur do Val perdeu seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) após fazer comentários machistas e de cunho sexual sobre as mulheres vítimas da guerra na Ucrânia.