09/01/2016 - 14:59
As monarquias do Golfo expressaram neste sábado em Riad seu “total apoio” à Arábia Saudita, em um contexto de tensão entre o país e o Irã.
Em um comunicado, os chanceleres do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), integrado por Bahrein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, “condenam energicamente os ataques contra as missões diplomáticas no Irã”.
O comunicado, difundido após uma reunião extraordinária dos ministros das Relações Exteriores do CCG, critica “a intromissão iraniana nos assuntos internos de Riad”, referindo-se à condenação por parte de Teerã da execução do clérigo xiita saudita Nimr al Nimr há uma semana.
Na sexta-feira, manifestantes foram para as ruas no Irã e no leste da Arábia Saudita para protestar contra a execução de Nimr al Nimr, que costumava criticar o regime saudita.
No mesmo dia, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, assegurou que Teerã não pretende exacerbar as tensões com seus vizinhos.
As manifestações de sexta-feira aconteceram um dia depois de o Irã ter acusado a aviação saudita de bombardear sua embaixada no Iêmen.
A coalizão militar árabe liderada por Riad, que intervém no Iêmen para apoiar o governo de Abd Rabo Mansur Hadi em sua luta contra os rebeldes xiitas huthis, negou essas acusações.
A monarquia saudita rompeu suas relações diplomáticas com o Irã no domingo, depois de manifestantes revoltados pela morte terem atacado no sábado, dia 2 de janeiro, suas missões diplomáticas em Teerã e Mashhad.
O governo iraniano condenou o ataque à embaixada e ao consulado sauditas, e mais de 40 pessoas foram detidas, mas isso não bastou para tranquilizar Riad.