16/08/2024 - 10:54
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2024, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com o segundo trimestre de 2023, houve crescimento de 2,9%.
No mês de junho, o PIB avançou 1,4% ante maio. Em junho de 2024 em relação a junho de 2023, houve elevação de 2,9%. A taxa acumulada em 12 meses até junho foi de 2,3%.
“O desempenho do PIB, com crescimento de 1,1%, mostra que a economia segue crescendo de forma robusta pelo segundo trimestre consecutivo. Esse desempenho trimestral tem forte influência do mês de junho, que foi o que apresentou maior crescimento no trimestre. Pelo lado da demanda, todos os componentes apresentaram crescimento. Destaca-se a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) que cresceu 3,3% no segundo trimestre, e sinaliza o aumento da capacidade produtiva, que tende a contribuir para o crescimento futuro”, afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
No segundo trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2023, sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 5,3%, com resultados positivos em todos os componentes, especialmente nos bens não duráveis, bens duráveis e serviços.
“Cabe mencionar a aceleração do crescimento de consumo de duráveis, que cresceu 13,7% no trimestre, a maior taxa deste segmento desde o trimestre findo em julho de 2021”, ressaltou a FGV.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma elevação de 7,3% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior. Houve elevada contribuição do segmento de máquinas e equipamentos, puxada pelos produtos importados.
A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 6,4% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, sob influência da exportação de produtos da extrativa mineral. Já a importação de bens e serviços aumentou 16,3% no período, com contribuição de serviços, bens intermediários e bens de consumo.
Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 5,44 trilhões no primeiro semestre, em valores correntes.
A taxa de investimento da economia foi de 17,8% no segundo trimestre.