“M-O-N-O-B-L-O-C-O, QUE BELEZA, UH MONOBLOCO”, gritam cantores e foliões. A Avenida Pedro Álvares Cabral, vizinha do Ibirapuera, mais uma vez recebeu ótimo público. Nesse domingo, 4, quem comandou a festa foi o conjunto carioca, que brinca de carnaval o ano inteiro. Teve Tim Maia, Skank, Gilberto Gil – e milhares de paulistanos que não pararam de cantar.

Clima ameno e público animado para curtir a seleção de hits tocada pelos mais de 200 batuqueiros do bloco. Como no dia anterior, o espaço se encheu de famílias e foliões de todas as idades. Juliana Lopes, designer, considera que o bloco estava tranquilo. “Já vi crianças e tudo por aqui. Está muito bom para dançar.”

Foliões investem em fantasias e adereços. Cristina Kubernat e Leandro Marras, gestores públicos, vieram de mosquito da febre amarela para a farra. “Vi o chapéu de mosquito na internet e gostei. Quem passou por nós na rua brincou, fez piada”, conta Leandro. A brincadeira coincide com um surto da doença no Estado. A dentista Carolina Verlanga também abordou problemas atuais no seu traje. “Ontem foi fora Temer, hoje foi Girl Power. É sempre importante militar.”

Outro adereço que se fez presente no evento foi a pochete. Estigmatizada no passado, a pequena bolsa voltou com tudo. Tem de couro, com brilho e até mesmo com suporte para a latinha de cerveja. A bancária Elis Cavalcanti adotou o acessório por ser prático e seguro. “Tem um bolso interno para o celular e espaço para colocar minha cerveja”, explica.

Registrando a festa

Cássia Santos veio de Sorocaba para registrar momentos dos festeiros. A fotógrafa comprou uma impressora portátil e cobra 10 reais por clique. “Já fazia isso nas baladas em Sorocaba, mas o público queria as fotos na hora. Por isso comprei a impressora”, explica. Para lucrar também na semana que vem, a jovem vai para o carnaval de Ubatuba.