19/11/2017 - 20:14
O primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Wagner Montes (PRB), anunciou neste domingo, 19, ter determinado a investigação de incidentes que envolveram a abertura das galerias da Casa na votação da última sexta-feira. Na sessão, os deputados discutiam a prisão e a suspensão de mandato de três parlamentares. Eram eles o presidente da Casa, Jorge Picciani, o ex-presidente Paulo Melo e o líder do governo Edson Albertassi. A decisão de prender e suspender os deputados fora tomada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) na Operação Cadeia Velha da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. No entanto, foi revogada pelo Legislativo. A ação investiga corrupção e outros crimes.
Montes afirmou em nota ter sido voto vencido na reunião da Mesa Diretora que decidiu fechar a galeria. Veio então a ordem do desembargador Maldonado de Carvalho, para abertura da assistência. Mas os lugares foram ocupados por assessores. Uma oficial de Justiça teve grande dificuldade para entrar no Palácio Tiradentes, barrada por seguranças e policiais. O deputado Flavio Serafini (PSOL) envolveu-se em um empurra-empurra com agentes por causa disso.
“Quando fui comunicado da presença de oficial de Justiça, imediatamente ordenei sua entrada, conforme foi gravado e televisionado pela TVALERJ”, afirmou Montes na nota. “A liminar (…) foi a única (…) que me foi comunicada pela Procuradoria-Geral durante a votação. Imediatamente, determinei a abertura das galerias, sempre observando os limites de lotação.”
Montes afirmou ter convocado a Mesa para apurar o ocorrido. “Se necessário será instaurada uma sindicância”, informou, na nota. Montes deverá assumir a presidência da Alerj a partir da próxima terça-feira. Nessa data, começará a licença de Picciani, que vai até o fim de janeiro de 2018.