05/12/2022 - 5:50
A operação de retirada de moradores prosseguia nesta segunda-feira (5) na ilha indonésia de Java, um dia após a erupção do vulcão Semeru, onde a atividade parecia menor.
Quase 2.500 moradores deixaram a região e foram levados para 11 abrigos depois que o vulcão na maior montanha da ilha de Java entrou em erupção.
“O exército, a polícia e as autoridades locais continuam retirando as pessoas de Curah Kobokan, que pode ser atingida pela nuvem de cinzas quentes e por lava resfriada”, disse Abdul Muhari, porta-voz da Agência de Prevenção de Desastres Naturais da Indonésia.
“Até o momento retiramos 2.489 pessoas”, acrescentou.
As autoridades declararam estado de emergência por duas semanas e distribuíram máscaras para proteger a população das cinzas. Também instalaram cozinhas públicas para atender os moradores afetados.
Na manhã de segunda-feira, dezenas de moradores do distrito de Lumajang, onde fica Semeru, visitaram suas casas cobertas de cinzas para recuperar objetos pessoais e depois retornaram para os abrigos.
Alguns retiraram seu gado da área. Outros carregaram aparelhos de TV e geladeiras.
Muhari disse que a observação do monte Semeru nesta segunda-feira mostra uma atividade vulcânica menor, mas que os fluxos de lava representam um grande perigo.
“Queremos assegurar que não há nenhuma atividade (econômica) na área pela qual a lava fria e a nuvem de cinzas quentes podem passar”, disse.
A última erupção do vulcão Semeru, há exatamente um ano, matou pelo menos 51 pessoas. Quase 10.000 moradores foram obrigados a abandonar suas casas.
A Indonésia está localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, onde o choque das placas tectônicas provoca uma forte atividade vulcânica e sísmica.
O arquipélago do sudeste asiático tem quase 130 vulcões ativos