24/09/2022 - 16:17
(Reuters) – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, fez um convite a todos os candidatos a presidente e vice-presidente, assim como a representantes das entidades fiscalizadoras, para comparecerem na manhã da próxima quarta-feira à sala da Seção de Totalização.
Nota do TSE afirma que o objetivo é os envolvidos conhecerem o local, “um espaço de trabalho convencional, com computadores distribuídos em baias”, que tem livre acesso aos representantes das entidades fiscalizadoras, como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Polícia Federal, partidos políticos, Forças Armadas e observadores internacionais.
“A Seção de Totalização (Setot) é uma das áreas da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que atua no desenvolvimento dos sistemas de totalização e divulgação dos resultados”, disse o TSE, informando que o setor é composto por uma equipe de 20 servidores que atuam juntamente com outros setores do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
“A equipe não faz a totalização, que é realizada por um computador, que fica no Centro de Processamentos de Dados, sem qualquer interferência humana”, acrescenta a nota.
O TSE ressalta ainda que os sistemas em uso no dia da votação são lacrados e assinados digitalmente antes das eleições “e o resultado de cada seção eleitoral acontece assim que a eleição termina, às 17h, com a emissão dos Boletins de Urna ainda nas seções eleitorais”.
Os boletins de urna, além de ficarem disponíveis para consulta pública nas próprias seções, também são entregues aos fiscais de partido e serão publicados em tempo real nas eleições deste ano, diz o TSE.
O sistema de votação eletrônica tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição e aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem apresentar provas, o presidente diz que o sistema é passível de fraudes.
Bolsonaro, que já chegou a sugerir que pode não aceitar o resultado das eleições, afirmou recentemente que se não ganhar no primeiro turno “algo anormal” terá acontecido no TSE.
(Reportagem de Ricardo Brito e Alexandre Caverni)