O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou por meio de despacho emitido nesta sexta-feira, 20, que Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, receba visitas de familiares no Batalhão da Polícia do Exército em Brasília, local em que se encontra preso por suspeita de obstrução de justiça.

O ministro permitiu encontros com “esposa, filhos, pais e irmãos, presencial e virtualmente, desde que atendidas as normas regulamentares do batalhão em que estiver recolhido e observados os dias da semana e período acima referidos”. Os advogados do réu que possuírem procurações também poderão visitá-lo.

Marcelo Costa Câmara foi preso preventivamente nesta quarta-feira, 18. O STF decidiu, após audiência de custódia, manter a prisão na última quinta-feira, 19.

O ex-assessor é um dos militares investigados na ação penal da trama golpista e suspeito de colaborar com a tentativa de golpe de Estado. O coronel foi preso por, supostamente, ter tentado obter informações sigilosas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o que pode configurar obstrução de justiça.

Câmara teria trocado mensagens com Cid por meio de um perfil fake no Instagram chamado @gabrielar702. O advogado Eduardo Kuntz, que representa o militar, usou o fato para pedir que a delação premiada de Cid fosse anulada.

Moraes pediu a prisão do réu e ainda ressaltou que Câmara estava proibido de usar redes sociais “próprias ou por terceira pessoa” e de manter contato com outros investigados durante o período das conversas eletrônicas.