LONDRES (Reuters) – A estilista Mary Quant, conhecida por popularizar a minissaia que ajudou a definir a era dos “Swinging Sixties” do Reino Unido, morreu aos 93 anos.

Nascida e criada em Blackheath, sudeste de Londres, Quant ajudou a criar novos estilos arrojados durante a década de 1960 – período em que a subcultura da moda, música e arte desafiou e mudou para sempre a identidade nacional britânica do pós-guerra.

“É impossível exagerar a contribuição de Quant para a moda”, disse o Victoria and Albert Museum, que realizou uma exposição em 2019 focada em seu trabalho, em um comunicado.

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“Ela representou a alegre liberdade da moda dos anos 1960 e forneceu um novo modelo para as mulheres jovens. A moda hoje deve muito à sua visão pioneira.”

Estilista autodidata, Quant abriu uma boutique no oeste de Londres chamada Bazaar na década de 1950 junto de seu marido e empresário da moda, Alexander Plunket Greene.

A Bazaar tornou-se extremamente popular ao oferecer aos compradores algo drasticamente diferente das lojas tradicionais e estilistas sofisticados.

A influência dela na moda atingiu o auge com a chegada da minissaia, cuja barra acima do joelho – muitas vezes bem acima do joelho – tornou-se um símbolo da cultura jovem rebelde e da liberação sexual de uma nova geração.

O próprio visual de Quant era tão atraente quanto seus designs e ela usava um famoso corte de cabelo “bob”, marca registrada.

Em 1966, ela recebeu uma homenagem nacional por sua contribuição para a indústria da moda, recebendo o prêmio da Rainha em uma roupa tipicamente ousada – um vestido curto de cor creme e uma boina – que causou sensação na imprensa nacional.

(Reportagem de Farouq Suleiman e Marie-Louise Gumuchian)

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