O criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos morreu em São Paulo no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O ex-ministro, de 79 anos, estava internado desde a terça-feira, 18. Bastos foi ministro da Justiça no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente Bastos defendia a Camargo Corrêa e a Odebrecht no escândalo da Lava Jato.

Entre as atuações de destaque de Bastos estão a acusação dos assassinos do ativista ambiental Chico Mendes, morto em 1988. Também teve atuação nos julgamentos do jornalista Pimenta Neves, assassino confesso da namorada, Sandra Gomide, em 2000, e na defesa do médico Roger Abdelmassih.

Natural de Cruzeiro, no interior paulista, Bastos formou-se em direito   pela Universidade de São Paulo (USP) em 1958, tendo atuado no ramo do   direito criminal. O ex-ministro foi vereador pelo Partido Social   Progressista (PSP) na sua cidade natal de 1964 a 1969. Foi  representante  das entidades de classe dos advogados, presidindo a  seccional paulista  da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 1983 e  1985.

Bastos atuou durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte,  como presidente do Conselho Federal da OAB. Em 1990, após derrota de  Lula nas eleições presidenciais, aproximou-se do PT. Ele também foi um  dos redatores do pedido de impeachment do então presidente Fernando  Collor (1990-1992). Em 1996, fundou o Instituto de Defesa do Direito de  Defesa (IDDD), que é uma organização da sociedade civil.

O velório do criminalista e ex-ministro da Justiça está previsto para começar às 14 horas desta quinta-feira, 20, na  Assembleia Legislativa de São Paulo.