Na última quarta-feir, 17, o último ancião do povo Juma. Aruká Juma morreu após ficar internado cerca de um mês devido ao agravamento do quadro de Covid-19. Aruká deixou três filhas, netos e bisnetos.

Aruká foi um dos sete sobreviventes do massacre no rio Assuã, no sul do Amazonas, em 1964. O ataque foi perpetrado por comerciantes interessados na sorva e na castanha do território Juma. Mais de 60 pessoas foram assassinadas.

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No fim dos anos 1990, Aruká conquistou o reconhecimento de seu território e virou um símbolo de luta e resistência dos povos indígenas da Amazônia. Estima-se que no século XVIII existiam 15 mil indivíduos do povo Juma. Em 2002 restavam apenas cinco indivíduos: um pai com suas três filhas e uma neta. Os Juma são falantes de uma língua Tupi-Kagwahiva, a mesma dos povos Uru-eu-Wau-Wau, Amondawa, Tenharim e Parintitim.

Ativistas, artistas, parentes indígenas e organização não governamentais lamentaram a morte de Aruká Juma:

Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil

Fundação Nacional do Índio (Funai)

Leandra Leal, atriz

Greenpeace Brasil

WWF Brasil