15/07/2009 - 7:00
Os fãs lamentam , a família e os amigos, também . Mas os detentores dos direitos autorais de Michael Jackson não ficarão de luto por muito tempo. Um fundo de pensão holandês, o ABP, comprou no ano passado dois catálogos musicais com algumas obras do cantor americano, prevendo lucrar 8% ao ano. Quis o destino que esses ganhos fossem maiores. A morte súbita, aos 50 anos, tirou um decadente Michael Jackson do limbo e o alçou ao panteão eterno dos mitos musicais, ao lado de ídolos como Elvis Presley e The Beatles. Suas músicas não param de tocar no mundo todo desde o dia 25 de junho. E quem são esses holandeses?
O ABP é um fundo de pensão estatal com 2,6 milhões de pensionistas. É o terceiro maior do mundo, com capital investido de 173 bilhões de euros em dezembro de 2008. O fundo já estava atento às boas oportunidades do mercado musical. Seu catálogo tem nomes pop como Beyoncé, Justin Timberlake, Kaiser Chiefs e compositores clássicos como Stravinsky e Rachmaninov. O ABP investiu 140 milhões de euros em 2008 para comprar os direitos autorais de artistas da Universal Music Group e outros 126 milhões de libras esterlinas para o portfólio clássico.
Não é difícil imaginar quanto a morte de Michael Jackson irá aumentar seus ganhos. O velório atraiu milhares de pessoas a Los Angeles e 11 mil sortudos receberam tíquetes para dizer adeus no ginásio Staples Center, na terça? feira 7. Em apenas dez dias, foram vendidos 422 mil CDs de Jackson nos EUA e 2,3 milhões de músicas foram baixadas na internet. No dia seguinte à sua morte, a Amazon. com vendeu mais produtos do cantor do que nos últimos 11 anos. Os ganhos não param por aí. Toda vez que a música You are not alone, por exemplo, toca no rádio, o ABP também esfrega as mãos. O mesmo vale para as demais canções do catálogo, que não foi divulgado. O próprio Michael Jackson ganhava dinheiro com os direitos autorais dos Beatles. Adivinha quem está de olho neles? O ABP, claro.
Fundo de funcionários públicos e educadores tem
173 bilhões de euros
investidos e é o terceiro maior do mundo