A Rússia protestou nesta segunda-feira pela aproximação de um caça suíço de um avião que seguia para Genebra com o presidente da Duma (câmara baixa do parlamento russo), em uma manobra julgada “perigosa” por Moscou e qualificada de “rotina” pela Suíça.

O ministério suíço da Defesa confirmou que um caça F/A-18 de sua Força Aérea se aproximou de um avião que transportava o presidente da Duma, Serguei Narichkin, a caminho de Genebra, para um “controle de rotina”.

O controle aconteceu “sobre o território suíço, sobre (a cidade de) Bienna”, disse à AFP o porta-voz do Ministério Peter Minder.

“Foi um controle normal da Força Aérea suíça, às 10h22 (6h22 em Brasília), de um F/A-18”, explicou.

Em um caso como esse, de “controle próximo, faz-se um contato visual com o piloto, anota-se a matrícula (do respectivo avião). Fizemos, tudo estava em ordem”, acrescentou.

“Foi uma verificação, um controle de rotina”, minimizou o porta-voz.

A Suíça, com base em um acordo de proteção mútua, tem autorização para sobrevoar o leste da França, segundo a chancelaria francesa.

A chancelaria russa manifestou seu protesto pelo incidente, o qual atribuiu a um avião francês. Chegou, inclusive, a convocar o embaixador da França para lhe comunicar sua “profunda preocupação” com o fato de um avião militar – no espaço aéreo francês, segundo Moscou – se aproximar “perigosamente” da aeronave com o presidente da Duma (a Câmara Baixa do Parlamento russo), Serguei Narichkin.

Paris “lamentou” esta convocação baseada em acusações equivocadas, e afirmou ter fornecido à Rússia todos os “esclarecimentos necessários”.

A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zajarova, disse esta noite que Moscou apresentou suas desculpas a Paris e pediu explicações à Suíça.

Evguenia Chugunova, porta-voz de Narychkin, revelou à AFP que estava a bordo do avião e que o caça chegou “muito perto”.