09/03/2022 - 22:14
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), embarca, nesta quarta-feira (9), para o Chile, onde participa da cerimônia de posse do presidente eleito Gabriel Boric, na sexta-feira (11). O general substituirá o presidente Jair Bolsonaro (PL), que, em janeiro, declarou que não tinha interesse em participar da cerimônia.
Em sua conta no Twitter, Mourão escreveu:
Com muita alegria, desembarco no Chile em missão oficial, representando o PR
@jairbolsonaro, para participar da cerimônia de posse do presidente eleito
@gabrielboric. Levarei uma mensagem de sucesso na nova tarefa, deixando claro que os laços que nos unem permanecerão fortes.
Com muita alegria, desembarco no Chile em missão oficial, representando o PR @jairbolsonaro, para participar da cerimônia de posse do presidente eleito @gabrielboric. Levarei uma mensagem de sucesso na nova tarefa, deixando claro que os laços que nos unem permanecerão fortes. https://t.co/kIVmryDWOh
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 9, 2022
Gabriel Boric, da coalizão esquerdista Aprovo Dignidade, foi eleito presidente do Chile em dezembro de 2021. Após as eleições no Chile, o ex-líder estudantil disse ao jornal chileno La Tercera que “claramente somos muito diferentes”, se referindo ao presidente Jair Bolsonaro.
Com 35 anos e defensor dos direitos humanos, Boric será o presidente mais jovem da história do Chile. Ele derrotou José Antonio Kast, empresário e político da extrema-direita, por 55,87% dos votos válidos contra 44,13%. Kast era visto como o “Bolsonaro do Chile” e defensor declarado do ex-ditador Augusto Pinochet.
Já o vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão, que se filiará ao Republicanos para concorrer ao Senado este ano, é um declarado defensor do golpe militar de 1964. O regime comandado pelos militares resultou em 21 anos de ditadura, com institucionalização da tortura e desaparecidos políticos. Em março do ano passado, o general Mourão chegou a comemorar o golpe militar de 1964 em suas redes sociais e defendeu que as ações das Forças Armadas foram necessárias para conter o avanço do comunismo no Brasil.