12/09/2017 - 16:50
A edição da Medida Provisória (MP), alongando o prazo para a realização de obras de duplicação das rodovias concedidas na terceira etapa, deverá facilitar a obtenção de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), avaliou nesta terça-feira, 12, o presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges. Ele participa da 10ª edição do Congresso Brasileiro de Rodovias e Concessões.
“Faltou o financiamento do BNDES, mas as condições serão outras”, disse ele, ao falar sobre o desequilíbrio das concessões e o impacto da MP. “Enquadrando o fluxo de caixa, porque os investimentos serão alongados, haverá um novo modelo econômico que vai permitir a existência da concessão.”
Por isso, a expectativa é que a obtenção dos financiamentos se torne viável após a repactuação dos contratos. Segundo Borges, o BNDES participou da formulação da MP. “É fundamental que haja financiamento, porque sem ele nenhuma empresa suporta”, disse. “O banco que financia a longo prazo no Brasil é o BNDES.”
E opinou: “A edição da MP é uma boa notícia.”
Ele disse que os investimentos nas concessões da terceira etapa somam R$ 20 bilhões, mas estão praticamente parados. “Agora eles vão ocorrer, num prazo mais alongado”, comentou. As concessionárias deverão priorizar a duplicação dos trechos onde há gargalos.