19/12/2018 - 8:05
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o ex-diretor do Metrô Sérgio Correa Brasil por supostamente ter recebido propina de R$ 392.870 para “ajustar” o edital de licitação das obras da Linha 5-Lilás. A Promotoria atribui a ele o crime de corrupção passiva. Também são acusados os executivos ligados à Odebrecht Celso da Fonseca Rodrigues, Carlos Armando Guedes Paschoal e Luiz Antonio Bueno Júnior, por corrupção ativa.
Na época em que teria solicitado e recebido a propina, Brasil era gerente de Contratações e Compras do Metrô paulista.
Segundo o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos, braço do MP paulista, Brasil pediu e recebeu a propina de R$ 392.870 “por ter ajustado o edital na conformidade das reivindicações das empresas”.
A investigação se originou do acordo de leniência que a Odebrecht fechou com a força-tarefa da Lava Jato, na qual a empresa se comprometeu a fornecer detalhes “sobre os fatos criminosos de seus funcionários”, em relação à proposta de concorrência da Linha 5-lilás.
A Odebrecht procurou o MP de São Paulo e entregou provas e depoimentos “que comprovam que o mesmo ex-funcionário da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), o denunciado Sérgio Correa Brasil, também solicitou a Carlos Armando Pascoal o pagamento de vantagens indevidas, em dinheiro, por ocasião da efetivação daquele contrato referente ao Lote 7”.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos citados até a conclusão desta edição. Já a Odebrecht afirma que “continua colaborando com a Justiça e reafirma o seu compromisso de atuar com ética, integridade e transparência”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.