O acidente com a jovem Raquel Antunes da Silva, 11 anos, na saída do Sambódromo no Rio de Janeiro, trouxe à tona outra discussão. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, o desfile das escolas de samba da Série Ouro que foi realizado na Sapucaí na noite desta quarta-feira (20) teria violado normas de segurança determinadas pela Justiça.

De acordo com o g1, o Ministério Público afirma que vai tomar providências na 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da capital pelo descumprimento das determinações por parte dos realizadores do evento.

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Em nota, o MP diz que o desfile é um “megaevento de grande repercussão e com presença de várias crianças e adolescentes que podem ficar em situação de vulnerabilidade por fatores diversos tais como: riscos à integridade física pela aglomeração ou práticas delitivas, perderem-se de seus respectivos responsáveis legais; quedas de carros alegóricos ou outros transtornos que os coloquem em situação de risco a ensejar a proteção por parte da ação articulada dos protagonistas do Sistema de Garantias, notadamente, Ministério Público da Infância e Juventude, Juízo da Infância e Juventude, Conselho Tutelar, SMASDH, PMERJ, Liesa, (Liga Independente das Escolas de Samba Mirim), AESMRIO (Associação das Escolas de Samba Mirim e organizadores do evento)”.

O acidente aconteceu na saída do Sambódromo, na Rua Frei Caneca. A vítima teria subido no carro alegórico da Escola Em Cima da Hora enquanto a mãe observava a passagem de outras agremiações na avenida. Neste instante, o veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas contra um poste, conforme o jornal O Estado de S. Paulo.

A menina teve uma das pernas amputada e o estado de saúde é considerado grave, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Ela passou por uma cirurgia no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, nesta quinta-feira (21).