25/10/2013 - 1:27
O objetivo do governo, ao permitir um limite maior de estrangeiros no capital do Banco do Brasil é, principalmente, enviar um recado de boas vindas ao investidor internacional. Em junho, último dado público, a participação de estrangeiros no capital total era de 19,4%, dois terços do free float (total que é negociado livremente nas bolsas). ?É uma mensagem ao mercado?, diz Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do BB. ?Estamos mostrando que o Brasil é um País extremamente atrativo, muito procurado por investidores?, afirma.
A decisão, tomada internamente pela diretoria, foi solicitada à presidenta Dilma Rousseff, já que o Tesouro detém 50,8% das ações. ?O controlador sempre nos estimula a buscar os melhores padrões de governança possível e estimula toda e qualquer ação que gere valor?, diz Monteiro.
O BB acredita que o aumento do limite para estrangeiros deve estimular novos investidores, principalmente os que se pautam pelo índice Ibovespa. Hoje o banco tem participação de 3,6% no índice, e acredita que terá uma fatia maior no próximo ano, quando ele for reformulado. A maior disponibilidade de ações para estrangeiros aument liquidez do papel, e estimula a sua valorização.
Esta é a terceira elevação de capital estrangeiro no banco. A primeira foi feita em maio de 2006, com o aumento de 5,6% pra 12,5%. Em setembro de 2009, um decreto do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva autorizou a elevação de 12,5% para 20%. O decreto atual aumenta o limite dos atuais 20% para 30%.
Leia também:
Mais capital estrangeiro é bom para o BB, dizem analistas
Limite para participação estrangeira no Banco do Brasil cresce para 30%
> Curta a DINHEIRO no Facebook