Os dois últimos, mais o Citibank, também serão formadores de mercado para as opções do Itaú Unibanco. A iniciativa da Bolsa visa aumentar a liquidez das operações. “Nosso mercado é grande, mas 80% dos negócios ficam com Vale e Petrobras”, diz Julio Ziegelmann, diretor de renda variável da Bolsa. A ideia é trazer novos investidores e fazer com que quem já opera diversifique sua carteira. Para isso, os formadores de mercado vão reduzir a diferença entre os preços de compra e venda, principal fator que afasta os investidores.

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Por isso, a concorrência se baseou no menor percentual máximo de oscilação oferecido pelos candidatos a formadores. Será 3% para a OGX e 5% para o Itaú. “Com a garantia de um teto, o investidor pode se sentir mais seguro”, afirma Maurício Bastter Hissa, autor de Operando Opções. A seguir, opções de ações de outras empresas terão seus formadores (veja quadro abaixo).

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Educação financeira

 

Os Desafios do Futuro da Economia, do prêmio Nobel de Economia Michael Spence, descreve o que está em jogo diante das previsões de crescimento para os próximos 50 anos. O autor investiga o crescimento da população, da renda e o papel do meio ambiente, entre outras questões. (Ed. Campus Elsevier, R$ 65)

 

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Touro x Urso

 

As perdas de 4,06% do Ibovespa, entre segunda e quinta-feira passadas, respondem pelo mau resultado de julho. Prevaleceu o mau humor internacional, especialmente após o possível rebaixamento da nota dos Estados Unidos. Na próxima semana, o mercado aguarda dados do setor imobiliário americano.

 

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Aviação

 

Céus turbulentos para as aéreas

 

As ações das empresas aéreas passam por turbulências. Os investidores não gostaram da proposta da Gol de adquirir a WebJet, que foi anunciada na sexta-feira 8, e suspensa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na quinta-feira 14. As notícias fizeram as ações cair 9,2% na semana. Os ares andam melhores para a TAM, já que é esperada a aprovação da sua compra pela chilena Lan. Entre 11 e 13 de julho, os papéis da TAM subiram 1,74%.

 

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Destaque no pregão

 

Fleury compra Labs D’Or por R$ 1,2 bilhão

 

O Grupo Fleury confirmou a aquisição do controle societário  da rede de laboratórios Labs D’Or, do Rio de Janeiro, por R$ 1,2 bilhão, equivalente a 10,7 vezes a geração de caixa prevista para 2011, medida pelo Ebitda. O pagamento da aquisição será realizado com R$ 620 milhões em dinheiro e o restante em ações. Após a operação, a receita bruta anual do Grupo Fleury deve ultrapassar, em breve, a marca de R$ 1,5 bilhão. A aquisição foi anunciada em dezembro do ano passado e confirmada na quinta-feira 14. O Labs D’Or atua em 21 hospitais. Além do Rio, o laboratório opera em São Paulo e em Pernambuco.

 

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Palavra do analista

 

A alta de 6,7% das ações do grupo na quarta-feira 13, véspera do anúncio da conclusão do acordo, mostra que o mercado já esperava a notícia. “Com o négocio, o Fleury aumenta sua presença no Rio de Janeiro, forte área de atuação da Dasa, seu maior concorrente”, diz Rodolfo Amstalden, analista da empresa independente Empiricus. Segundo ele, o negócio vai garantir boas margens de lucro para a companhia.

 

 

 

Quem não vem lá

 

Inbrands foge da magreza do mercado

 

A falta de apetite dos investidores fez a Inbrands, empresa de consumo que possui marcas como Ellus, Richards e Salinas, suspender sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Neste ano, o Ibovespa sofreu uma queda de mais de 12% e a crise na Europa e nos Estados Unidos ainda não tem data para terminar. Caso a situação fique menos nebulosa, a emissão deverá ser retomada no segundo semestre. O pedido de registro ainda está publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

 

Fique de olho: além das grifes de roupa, a Inbrands detém os dois principais eventos de moda do País, o São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio.

 

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Mercado em números

 

Captações

 

R$ 57,8 bilhões – Foi o valor que as empresas e bancos brasileiros captaram no primeiro semestre. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, o total de emissões cresceu 12,5% ante 2010.

 

 

Elektro

 

R$ 300 milhões – É quanto a Elektro pretende captar em sua quinta emissão de debêntures. A empresa aprovou a emissão de 30 mil papéis a R$ 10 mil cada.

 

 

Localiza 

 

R$ 137,6 milhões - Foi o lucro líquido da locadora de automóveis Localiza no primeiro semestre do ano, 29,6% superior ao valor alcançado no mesmo período de 2010. Na mesma base de comparação, a receita subiu 24,4%, para R$ 1,38 bilhão.

 

 

EMBRAER

 

US$ 15,8 bilhões – É o valor da carteira de pedidos firmes a entregar da fabricante de aviões brasileira Embraer. No primeiro semestre deste ano, a empresa entregou 76 aeronaves, sendo 48 só no segundo trimestre.

 

 

MMX

 

US$ 1,8 bilhão - É quanto a MMX Mineração e Metálicos pretende captar em financiamentos com bancos de desenvolvimento e agentes financeiros, para expandir a unidade Serra Azul, em Minas Gerais. O projeto prevê investimentos totais de R$ 4 bilhões, livres de impostos.

 

 

 

Pelo mundo

 

Deutsche Börse aprova fusão com A NYSE 

  

Os acionistas da bolsa de valores da Alemanha, a Deutsche Börse, aprovaram a fusão com a NYSE, num negócio de US$ 9 bilhões. Os papéis da Deutsche Börse caíram 0,6%, para € 52,71. 

 

 

Lucro gordo do JPMorgan 

 

O banco americano JPMorgan Chase anunciou um lucro líquido de US$ 5,4 bilhões, no segundo trimestre, o que mostra uma alta de 18,75%, ante o mesmo período do ano passado. Segundo o CEO Jamie Dimon, os números são resultado de uma boa performance em quase todas unidades do grupo, com destaque para o banco de investimentos, que aumentou em 49% seu lucro líquido, para US$ 2,1 bilhões. As ações do banco subiram 1,84%, para US$ 40,35, no dia do anúncio.

 

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Números magros das sopas Campbell’S

 

A produtora de alimentos Sopas Campbell’s anunciou que espera uma queda de até 6% em seu lucro por ação em 2012. A empresa informou que o ano que vem será de implementação de novas estratégias, o que exigirá investimentos substanciais. Para 2011, porém, a expectativa ainda é de alta de 1% para o lucro por ação, para US$ 2,47. 

 

 

 

 

Personagem

 

Forjas Taurus mira na transparência

 

O dia 7 de julho foi a estreia das ações da Forjas Taurus, fabricante de armas leves, coletes de proteção e capacetes, no Nível 2 de governança corporativa da Bovespa. A migração foi bem recebida pelo mercado e resultou numa alta de 9,8% dos papéis no dia da divulgação. Entre as mudanças, estão previstas a adoção dos mesmos direitos para todas as ações em caso de venda de controle, o chamado tag along, de 100%, e o pagamento de dividendos de 35% para todos os acionistas Além disso, o Conselho de Administração da empresa gaúcha terá maior poder deliberativo e pelo menos 40% dos conselheiros serão independentes. O presidente da Taurus, Luís Fernando da Costa Estima, falou com a DINHEIRO: 

 

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Luis Fernando da Costa Estima, presidente: rumo ao Conselho

 

Qual é a importância dessa listagem no Nível 2?

Essa migração representa o fim de um ciclo e o início de outro. A companhia abriu seu capital há 30 anos. Agora, a mudança para o Nível 2 proporciona uma série de benefícios para os investidores. Oferecemos um tag along de 100% para todos os acionistas, tanto os que têm ações ordinárias quanto os donos de preferenciais. Criamos comitês fiscais e de remuneração, e estruturamos um novo estatuto social, modernizando a governança corporativa. Também separamos as áreas de negócios entre armas e não-armas, o que irá potencializar as atividades da Forjas Taurus. 

 

Como espera que os investidores reajam a essas mudanças?

Ao adotar práticas diferenciadas de governança corporativa, nós acreditamos que o mercado deverá precificar as ações da companhia de forma mais realista. Os controladores e os minoritários vão captar esses adicionais, o que também deve contribuir para o aumento da liquidez das ações. 

 

As ações subiram 9,8% no dia da migração. Esse resultado estava em linha com o que era esperado? 

Foi um resultado justo. A alta mostra, no meu entendimento, que a operação foi bem recebida pelo mercado. 

 

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Quais são as expectativas para o crescimento da Forjas Taurus?

Somos uma empresa em constante crescimento. Temos uma atuação forte no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos, onde nossa participação é relevante. Também há uma grande demanda por capacetes para motociclistas e por ferramentas manuais. 

 

O sr. está na companhia há 40 anos. Já está preparando o processo de sucessão?

A sucessão está definida. Vou passar a responder apenas pelo Conselho de Administração. O novo presidente-executivo ainda não foi definido, mas o nome deverá ser anunciado em breve. Foi contratada uma empresa para encontrar a pessoa mais qualificada para o cargo, que será aprovada pelo Conselho.

 

 

com Juliana Schincariol e Lilian Sobral