Elaborado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, o estudo Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2022 traz números animadores para o setor que une turismo e investimento imobiliário. Segundo o levantamento, o Valor Geral de Vendas (VGV) potencial do compartilhamento de hotéis e resorts no País cresceu 45% no passado em relação a 2021, totalizando R$ 41,2 bilhões. Com 156 empreendimentos do gênero em 77 municípios de 20 estados brasileiros, o total de frações atingiu 767.456 (31,8% acima de 2021). E o estoque ficou 13% menor do que era ao final do ano anterior. Isso têm encorajado mais incorporadoras a disputar esse mercado.

É o caso da GAV Resorts. Sediada em Goiás e nascida a partir de um empresa de loteamentos, ela já opera três empreendimentos multipropriedade no Pará. Lançados entre 2014 e 2017, eles forneceram a expertise para a GAV expandir o modelo de negócio para todo o País. Até o final deste ano estão previstos lançamentos de cinco novos resorts nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste.

CASA DE FÉRIAS Na foto maior, detalhe do resort que será lançado em Pirenópolis (GO). Acima, o edifício do grupo em Gramado (RS). (Crédito:Divulgação)

Segundo o CEO da GAV, Manoel Pereira, os lançamentos previstos para 2023 representam mais de 1,5 mil apartamentos, que correspondem a cerca de 40 mil frações imobiliárias e R$ 2,5 bilhões em VGV. “Somados às vendas de empreendimentos já lançados, nossa expectativa é alcançar mais de R$ 4 bilhões”, afirmou Pereira. “É provável que nem todo o mercado imobiliário de Goiânia somado tenha um VGV tão expressivo este ano”.

A estimativa leva em conta os empreendimentos da GAV em construção nas cidades turísticas de Gramado (RS), Pirenópolis (GO), Ipojuca (PE) e na praia de Pipa (RN), além de novos resorts em dois destinos nos quais a empresa já opera: Salinópolis (PA) e Cruz (CE). Apenas na região de Porto de Galinhas, no litoral pernambucano, serão mais de 1,3 mil apartamentos. Segundo Pereira, “a multipropriedade pode trazer para o turismo em cinco anos o que levaria 50”. Isso porque a venda de cotas fracionadas garante o capital para as obras, alavancando o negócio. Além disso, durante a operação, o uso é diluído ao longo do ano, anulando a sazonalidade e aumento a rentabilidade por evitar períodos de baixa ocupação.

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“A multipropriedade pode trazer para o turismo em cinco anos o que sem ela levaria 50” Manoel Ferreira CEO da GAV Resorts.

SATURAÇÃO Com isso emmente, o foco da GAV Resorts é vender frações entre R$ 50 mil e R$ 60 mil para famílias de classe média que buscam uma “casa de férias” a um custo acessível. “Oferecemos intercâmbio entre as propriedades do grupo e pool de locação para tornar o investimento mais atraente”, afirmou Pereira. “O proprietário aluga durante o período que não usa e isso o ajuda a pagar as prestações”. Com tantas vantagens, o risco, segundo ele mesmo, é a saturação do destino, como já ocorreu em Caldas Novas (GO) e pode se repetir em outras cidades.