O Museu Fittipaldi está tentando reaver os carros de corrida do  ex-piloto brasileiro Emerson Fittipaldi, que foram penhorados pela  Justiça na semana passada. Nesta sexta-feira, a instituição entrou com  um embargo de terceiro para tentar retomar a posse dos veículos.

Juridicamente,  um embargo de terceiro significa uma medida processual que tem a  intervenção de uma terceira pessoa (no caso, o Museu Fittipaldi) em um  processo que se encontra em curso. O banco ABC Brasil é o autor da ação  da penhora e a empresa EF Marketing, de Emerson, é o alvo do mandado  judicial.

O argumento utilizado pela equipe de Fittipaldi é  o de que os carros, taças e demais objetos levados do escritório são de  propriedade do Museu, e não da EF Marketing ou da pessoa física de  Fittipaldi. Os objetos foram doados pelo próprio Emerson ao museu na  época de sua criação, em 2003. O pedido do advogado do piloto será  recebido e analisado por um juiz, que definirá o mérito da decisão.

Além  dos carros e taças, outros objetos foram levados do escritório de  Fittipaldi no dia 30 de março, tais como quadros, computadores e até  cadeiras. Os veículos apreendidos, como o Copersucar 1976 (primeiro  carro brasileiro de Fórmula 1), e o Penske #20 estão em um galpão  próximo ao Autódromo de Interlagos.

No Tribunal de Justiça  de São Paulo, há cerca de 60 ações contra Fittipaldi, totalizando mais  de R$ 27 milhões em dívidas. Também na semana passada, após a penhora, o  piloto foi considerado em situação de falência, por ser um devedor que  não teria como saldar suas dívidas.