Um estudo da Northwestern Medicine, em Chicago (Estados Unidos), mostra que a música pode criar uma conexão emocional entre o paciente com demência e seu cuidador. Muitas vezes, os doentes em estágio avançado de demência perdem a capacidade de se comunicar verbalmente com os familiares e cuidadores. A música permite que eles interajam cantando, dançando e tocando instrumentos. A atividade reduz sintomas neuropsiquiátricos, como agitação, ansiedade e depressão.

“A família e os amigos das pessoas com demência também são afetados por isso. É doloroso para eles quando não conseguem se conectar com um ente querido. Quando a linguagem não é mais possível, a música serve de ponte entre eles”, disse Borna Bonakdarpour, professor associado de neurologia da Northwestern University Feinberg School of Medicine e neurologista da Northwestern Medicine, em nota.

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Segundo o médico, as memórias musicais permanecem no cérebro, mesmo quando a linguagem e outras memórias desaparecem devido a demência. No estudo, ele explica que as regiões do cérebro que estão envolvidas na memória e no processamento musical (por exemplo, o cerebelo) não são tão afetadas pela doença de Alzheimer ou demência. Com isso, os pacientes podem manter a capacidade de dançar e cantar mesmo depois de sua capacidade de falar ter reduzido.

A atividade pode ser feita com instrumentos simples, como um pandeiro, para acompanhar a música. Ao longo de três meses, os pesquisadores perceberam que os pacientes estavam mais engajados socialmente, com mais contato visual, menos distração e agitação e melhor humor.