29/04/2022 - 14:30
Por Krystal Hu e Anirban Sen
(Reuters) – Elon Musk disse aos bancos que ajudaram a financiar a aquisição do Twitter que ele pode cortar salários dos executivos e do conselho da empresa de mídia social, num esforço para reduzir custos e desenvolver novas maneiras de monetizar tuítes, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto.
Musk fez a proposta enquanto tentava garantir a compra por 44 bilhões de dólares, disseram as fontes. Sua apresentação de compromissos bancários foi fundamental para que o conselho do Twitter aceitasse sua oferta.
Musk teve que convencer os bancos de que o Twitter produzia fluxo de caixa suficiente para pagar a dívida. No final, ele conquistou 13 bilhões de dólares em empréstimos garantidos e um empréstimo de margem de 12,5 bilhões de dólares vinculado às suas ações da Tesla. Ele concordou em pagar o restante da contraprestação com seu próprio dinheiro.
Musk tuitou sobre a eliminação dos salários dos diretores do conselho do Twitter, o que segundo ele poderia resultar em cerca de 3 milhões de dólares em economias. A remuneração baseada em ações do Twitter em 2021 foi de 630 milhões de dólares, aumento de 33% em relação a 2020, mostram os registros corporativos.
As fontes pediram anonimato porque o assunto é confidencial e representante de Musk se recusou a comentar.
Musk disse aos bancos que também planeja desenvolver recursos para aumentar a receita dos negócios, incluindo novas maneiras de ganhar dinheiro com tuítes que contenham informações importantes ou se tornem virais, disseram as fontes.
As ideias incluem a cobrança de uma taxa quando um site de terceiros deseja citar ou incorporar um tuíte de indivíduos ou organizações verificados.
No início do mês, Musk sugeriu uma série de mudanças no serviço de assinatura premium Twitter Blue, incluindo reduzir seu preço, proibir publicidade e dar a opção de pagar na criptomoeda dogecoin. O serviço premium Blue do Twitter agora custa 2,99 dólares por mês. Musk também disse aos bancos que buscará políticas de moderação na plataforma de mídia social que sejam tão livres quanto possível dentro das restrições legais de cada jurisdição, disseram as fontes, uma posição que ele repetiu publicamente.
(Por Krystal Hu e Anirban Sen)