O índice de preços ao consumidor da Argentina subiu 4,2% em maio na comparação com o mês anterior, informou nesta quinta-feira, 13, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em 12 meses, a inflação acumulada é de 276,4%.

O setor que teve maior aumento no mês de maio foi o de comunicação (8,2%), devido aos aumentos nos serviços de telefonia e internet.

Em seguida, o setor de educação (7,6%) foi o mais impactado.

No ano até maio, a inflação acumulada é de 71,9%.

Juros

Em 15 de maio, o Banco Central da República Argentina (BCRA) decidiu reduzir sua taxa básica de juros de 50% para 40%.

Em comunicado, o banco central do país afirmou que tem observado que a firmeza do compromisso do governo com a meta de déficit fiscal zero aumenta a credibilidade na âncora central do programa econômico e fortalece uma trajetória de expectativas de inflação mais baixas e que para cumprir o seu mandato de estabilidade de preços, deve recuperar o normal funcionamento do conjunto de instrumentos de política monetária.

O BCRA tem adotado reduções seguidas na sua taxa básica. Em 2 de maio, a taxa estava em 60%, quando foi cortada para 50%.

Crise econômica

No começo de junho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a Argentina enfrenta um caminho difícil e precisa avançar mais para sair da crise econômica que atravessa, protegendo os setores mais vulneráveis da sociedade aos quais recaem a maior parte do fardo dos ajustes implementados pelo governo do presidente Javier Milei.

O FMI está acompanhando de perto “a delicada situação social da Argentina” e enfatizou a “necessidade de aumentar a assistência social para apoiar os pobres”, afirmou a diretora de comunicações do FMI, Julie Kozack.

De acordo com um relatório do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA), a pobreza atingia 55,5% da população do país no final do primeiro trimestre deste ano, o que representa cerca de 25 milhões de habitantes.