Se Nelson Tanure conseguirá convencer Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES, credores da Braskem, sobre assumir o controle da empresa, ainda não se sabe.
Mas na Novonor, controladora da petroquímica que assinou um acordo de exclusividade com Tanure, diz-se que o investidor não entraria na jogada sem antes sondar a receptividade dos bancos para ao menos poder se sentar à mesa e negociar. Por essa constatação, se ele está conversando com os credores, é porque não encontrou portas fechadas.
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Na visão de quem conhece Tanure, não faria o perfil dele se lançar em uma operação como essa correndo risco de, logo de cara, tomar uma bola preta dos bancos e ter que bater em retirada.
As ações da Novonor na Braskem foram dadas em garantia aos bancos em dívidas de R$ 15 bilhões. Com o acordo entre Tanure e a holding dos Odebrecht válido inicialmente por 90 dias, os credores ouvem o investidor enquanto avaliam se mantêm as ações na petroquímica e apostam na recuperação do seu valor de mercado.
Em tempo: além dos bancos, o investidor terá que se acertar com a Petrobras, dona de 36,1% da empresa.