O aniversário de 25 anos do Hopi Hari, que pediu recuperação judicial há cerca de 8 e segue no processo, é no próximo mês de novembro. O presidente do parque, Alexandre Rodrigues, tem planos de aproveitar a data para anunciar oficialmente o relançamento da torre de queda livre antes conhecida como “La Tour Eiffel” e rebatizada de “Le Voyage”. Ela continua fechada desde a tragédia ocorrida no local em 2012. Porém, três obstáculos ainda impedem que o projeto saia do papel.

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Um dos principais é dinheiro. O Hopi Hari, que fica em Vinhedo (SP), teve um faturamento de R$ 170 milhões e 1,1 milhão de visitantes em 2023. Apesar de serem números maiores do que os de 2022 (receitas de R$ 140 milhões e 950 mil pessoas), Rodrigues diz que foi um “ano ruim”.

“Eu tinha uma meta pessoal de R$ 200 milhões em 2023, então fiquei frustrado”, disse em entrevista à IstoÉ Dinheiro. Ele atribui o movimento mais fraco do que o esperado aos episódios de ameaças e violência em diversas escolas ao longo do ano que desaqueceram as excursões – uma importante fonte de receita do Hopi Hari.

Vista do Hopi Hari
Vista do Hopi Hari (Crédito:Divulgação)
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As outras duas etapas que faltam para a reabertura da torre são a finalização das negociações de orçamento com a empresa que fará o trabalho (que leva 18 meses para ser realizado – ou seja, se o anúncio for mesmo feito em novembro, a reabertura ocorreria a partir de 2026) e a aprovação do Ministério Público de São Paulo, que, conforme explica Rodrigues, acompanha de perto todos os assuntos que envolvem o brinquedo após a morte de uma adolescente que brincava na atração há cerca de 12 anos.

“Não vou fazer só um ‘retrofit’, uma reforma, vai ser outra atração totalmente diferente”, promete ele.

Nostalgia x renovação

Enquanto comenta que boa parte dos visitantes do Hopi Hari vão até o local por nostalgia, Rodrigues reconhece a necessidade de inovar e lamenta que não tenha conseguido fazer isso até agora. “No Hopi Hari nada é fácil”, afirma.

“Um parque não vive só de pagar contas. Eu preciso de atrações novas. Lançamos três, pequenas, no ano passado, depois de 15 anos sem nenhuma atração nova”, conta.

Ainda assim, ele se mostra confiante na atratividade que o parque mantém. “Muita gente ainda entende que o parque está fechado. Então, é um público que eu posso buscar, e falar: ‘por mais que eu tenha as mesmas atrações, vem aqui fazer um #tbt com a gente’, buscar aquela memória afetiva do passado, que o parque está melhor agora’.”