21/12/2017 - 17:17
A Secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio, Clarissa Garotinho, afirmou que “nada vai reparar” o que o pai, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), passou e viveu na prisão. Emocionada, a secretária, que é deputada federal licenciada pelo PRB, chegou às 15h30 ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital, para esperar pela saída de Garotinho. Ele alegou ter sido agredido em outro cárcere, a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, da qual foi transferido para Bangu 8 por não ter provado a acusação. Declarou-se em jejum de protesto contra o que chamou de injustiça da prisão. Na quarta-feira, 20, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, suspendeu a prisão preventiva.
“É isso que as pessoas precisam levar em consideração, que ele foi humilhado, agredido dentro da cadeia, por causa de uma prisão ilegal de um juiz eleitoral de Campos que tem praticado vários atos arbitrários contra ele”, afirmou Clarissa, emocionada. “Estávamos tristes achando que ele não ia poder passar o Natal com a gente”, disse.
Em sua decisão, Gilmar argumentou que não existiam pré-requisitos que justificassem a sua prisão preventiva. Mendes alegou que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) não indicou nenhuma conduta de Garotinho que revelasse “minimamente” tentativa de afrontar a garantia da ordem pública ou econômica.
Garotinho foi preso em novembro pelo TRE, sob acusação de corrupção, participação em organização criminosa e falsidade nas prestações de contas eleitorais. O Ministério Publico Eleitoral (MPE) alegou que o grupo J&F fez doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha. A sua defesa sustentou que todas doações foram legais e alegou que não houve caixa 2. O advogado Carlos Azeredo elogiou a decisão do ministro de suspender a prisão.