07/10/2016 - 16:32
Desde que assumiu a Presidência da Colômbia, em 2010, o recém-agraciado Nobel da Paz Juan Manuel Santos defende a necessidade de pôr fim ao sangrento conflito armado que castiga seu país há mais de meio século.
Confira abaixo algumas das frases de destaque do presidente, impulsionador das negociações de paz com as guerrilhas ainda ativas na Colômbia: as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN).
– “A porta do diálogo não está fechada a chave (…) Aos grupos armados ilegais que invocam razões políticas e hoje falam outra vez de diálogo e negociação, eu lhes digo que meu governo estará aberto a qualquer conversa que busque a erradicação da violência e a construção de uma sociedade mais próspera, equitativa e justa. Disse e repito: é possível ter uma Colômbia em paz, uma Colômbia sem guerrilha, e vamos provar”. Em 7 de agosto de 2010, em seu discurso ao assumir a Presidência da Colômbia.
– “Meu governo tomou a determinação de avançar com prudência, com seriedade, com firmeza e sem repetir os erros do passado, em conversas com a guerrilha para procurar o fim do conflito armado”. Em 26 de setembro de 2012, ao apresentar na ONU o processo de paz com as Farc.
– “Hoje, mais do que nunca, temos de estar unidos para transformar em realidade esse sonho que toda a sociedade tem de poder viver em nossos lares, com nossas famílias, em nossas cidades e caminhos, em nossas cidades, sem medo, sem as consequências da guerra e com a tranquilidade que a paz nos dará. Essa paz completa que, por fim, mostra-se possível”. Em 30 de março de 2016, ao anunciar uma mesa de diálogo com o ELN, ainda não instalada, porque os rebeldes mantêm reféns em seu poder.
– “Não estamos de acordo, certamente nunca estaremos, na visão política, ou econômica, para o país, mas o que se reconhece hoje é a possibilidade de divergir e de ter posições opostas sem necessidade de se enfrentar por meios violentos”. Em 23 de junho de 2016, em Cuba, ao firmar o acordo sobre o cessar-fogo bilateral e definitivo e a entrega de armas das Farc.
– “Nunca fiz nada para ganhar prêmios dessa natureza. Se eu quisesse os aplausos da opinião pública, não teria me metido no processo de paz. Isso foi muito custoso politicamente. Eu acredito na liderança que faz o correto, e não o que é popular. Os prêmios são totalmente secundários. Não busco aplausos”. Em 6 de setembro de 2016, em entrevista à AFP ao ser questionado sobre a possibilidade de ganhar o Nobel.
– “Membros das Farc: hoje, quando empreendem seu caminho de regresso à sociedade, quando começam seu trânsito para se transformar em um movimento político sem armas, seguindo as regras de Justiça, verdade e reparação contidas no acordo, como chefe de Estado da pátria que todos amamos, eu lhes dou as boas-vindas à democracia”. Em 26 de setembro de 2016, em seu discurso após a assinatura do acordo de paz com o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño (“Timochenko”), em Cartagena.
– “Acredito que estamos muito perto, muito perto, do poder dizer: vamos para a negociação também com o ELN e fiquem todos os grupos subversivos sob o guarda-chuva da paz. Isso é muito importante para toda a Colômbia”. Em 6 de outubro de 2016, em um ato na região do Caribe, depois que os rebeldes libertaram um civil.
– “Colombianos, este prêmio é de vocês. É pelas vítimas – e para que não haja mais uma única vítima, um único morto – que devemos nos reconciliar e nos unir para concluir esse processo e começar a construir uma paz estável e duradoura”. Em 7 de outubro, ao agradecer pelo Nobel da Paz.
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